A busca de pela cura trouxe uma família de Alagoas para o Paraná, para procedimentos médicos de referência em Londrina e Curitiba.
Uma doença rara paralisou um menino de seis anos e, para recuperar os movimentos, era necessária uma cirurgia que foi realizada no Hospital Evangélico (HE).
Desde outubro do ano passado, Pedro Guilherme, um menino de seis anos de idade, sofre com uma doença genética rara que atinge uma em cada 20 mil crianças: a adrenoleucodistrofia, que paralisa os músculos e evolui drasticamente. Durante esse um ano, ele perdeu a visão, a fala e a mobilidade.
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Dr. Alexandre Canheu, neurocirurgião pediátrico, conta que a partir da sedação, para uma melhora de dor, o quadro se agravou:
“O Pedro ficou acamado e começou a ter uma piora motora, caracterizada por espasticidade - que é quando o músculo fica extremamente tenso, rígido e duro”.
Em busca de amenizar o sofrimento do filho, a família chegou a sair do país.
“Nós fomos para Itália, em junho, fazer um tratamento com eletrodos - que fazem com que ele volte a ter alguns movimentos perdidos pela doença” conta Milena Rosy, mãe de Pedro.
Apesar de não ter cura, a doença tem tratamento que pode melhorar a condição de vida do paciente. Essa terapia será realizada no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, mas antes disso era necessária uma cirurgia para tirar a rigidez muscular.
Assim como a doença do Pedro, a cirurgia de Rizotomia Dorsal Seletiva (RDS) é rara no país.
Os pais do garoto, lá em Alagoas, tomaram conhecimento de que o Hospital Evangélico, em Londrina, é um dos poucos, no Brasil, que oferece esse tipo procedimento e decidiram trazê-lo para a cidade.
Milena ficou sabendo da cirurgia através do caso do garoto Davi Lucas, do estado do Amazonas, que foi vítima de agressão e, em estado grave, passou pelo mesmo tipo de procedimento para reabilitação no HE de Londrina.
O HE vem se destacando no cenário nacional, como um grande centro de referência para diversas especialidades, atendendo pacientes não só do paraná, mas também de muitos estados do país.
A família de Pedro Guilherme já está um pouco mais aliviada, após a cirurgia.
Sem a rigidez muscular, ele já não tem mais dores como antes. Agora, eles aguardam a alta hospitalar, para dar início ao tratamento no hospital pequeno príncipe, em Curitiba.