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O que o futebol do LEC pode aprender com o basquete alviceleste

20/05/19 às 21:31 - Escrito por Júlio Sodré
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Equipe em ação pela segunda divisão nacional. Do lado esquerdo do peito, o distintivo mais tradicional do interior do Paraná. Um dos menores orçamentos de todo o campeonato. Técnico novo no cenário nacional. Um elenco formado por maioria de jovens jogadores. O grupo de trabalho tem poucos atletas experientes. Fora das quatro linhas, os torcedores ainda não lotaram as arquibancadas.


Se você leu a descrição acima e pensou que estou falando do Londrina Unicesumar Basketball, você acertou. Mas se você pensou que estou falando do futebol do Londrina Esporte Clube, acertou também. As duas equipes possuem muitos pontos em comum. 


Trago para os leitores uma análise sobre o que o futebol deve repetir e o que deve rever em relação aos basqueteiros de Londrina, que terminaram a Liga Ouro na terceira colocação, atrás apenas do São Paulo FC e da Unifacisa.

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1) Técnicos jovens

Alemão, do futebol, e Bruno Lopes, do basquete, são dois jovens técnicos no cenário nacional das duas modalidades. Com uma leitura moderna de jogo, conseguiram surpreender adversários e executaram bons trabalhos com o elenco que tinham, principalmente em relação aos mais novos. Apostar na continuidade de Alemão parece ser um acerto.


2) Elenco jovem

Quando os jovens formam a maioria de um elenco em uma equipe de alto rendimento é difícil que todos se destaquem ao nível de serem solução dos problemas. No basquete, o armador argentino Stefano foi o grande destaque individual. No futebol, o lateral esquerdo Felipe, o meia Luquinha e o atacante Anderson Oliveira estão surpreendendo. No basquete, Stefano ficou no elenco até o final da Liga Ouro. E no futebol? Será que os jovens talentos ficam até o final da Série B?


3) Atletas experientes

No elenco do basquete, apenas o ala/pivô Ricardo Azevedo, titular absoluto, tinha mais de 30 anos. No futebol, o zagueiro Silvio, o volante Germano e o atacante Dagoberto são os mais experientes do grupo de trabalho do técnico Alemão. O Londrina Unicesumar Basketball foi eliminado na semifinal da Liga Ouro e ficou nítido: faltou tranquilidade e experiência em vários momentos. E olha que Ricardo Azevedo atuou em todas as partidas. Será que no futebol outros jogadores experientes vão fazer falta? Quatro rodadas ficaram para trás, 10% do campeonato. Dagoberto, artilheiro da Série B em 2018, ainda não atuou pela competição. Germano ficou um jogo de fora. Até quando o coletivo de jovens talentos vai sustentar nas costas a liderança ou um G4 da Série B?


4) Precisa-se de torcedores

Nem vou entrar no mérito do clima, dos gritos da torcida e do apoio que um jogo em casa proporciona para o time mandante. É muito mais difícil fechar parceria com um grande patrocinador diante de um campeonato já em andamento. Mas, então, o que daria fôlego para a diretoria investir em algum jogador que chegue e possa desequilibrar a favor? No meu ponto de vista, é a renda de bilheteria. O basquete, que teve média de 570 torcedores por jogo ao longo de nove desafios, não teve a injeção financeira suficiente vinda das arquibancadas do Moringão. No futebol, a diretoria parece ter agido na hora certa. Por mais que alguns sócios torcedores possam ter sentimento de Déjà Vu, pelas promessas não cumpridas da diretoria em relação aos planos do início do ano, a promoção de ingressos contra o Bragantino (SP) deu certo. O Estádio do Café teve aproximadamente 4.500 pagantes. O total foi superior a 5.100 torcedores. É o maior público do ano. Este foi apenas o segundo jogo em casa na Série B. No outro, contra o Brasil (RS), o público pagante foi de apenas 1.232 torcedores.


5) Orçamento limitado

O item anterior leva ao quinto item. O basquete teve o terceiro menor orçamento da Liga Ouro. O futebol também vive situação parecida. Equipe do interior, sem muitos sócios e com verba referente aos direitos de transmissões televisivas similar a de outros clubes. No basquete, avançaram para a final dois projetos que investiram muito em comissão técnica e contratações de jogadores. No futebol, grande parte da verba dos últimos anos vem da negociação de jogadores com outros clubes. Ficam as dúvidas. Será que no futebol a diretoria vai encontrar outra forma de arrecadar dinheiro sem negociar os destaques do time, citados no item 2? Se a diretoria negociar as revelações, em virtude do orçamento limitado, será que os reforços para reposições terão o mesmo rendimento? Em resumo: o orçamento limitado vai atrapalhar o sonho do acesso?



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