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Estudante paranaense desenvolve detector de pressão para silos

27/03/19 às 15:34 - Escrito por Redação Tarobá News
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O estudante paranaense Maycon Oliveira Lourenço, de apenas 18 anos, conquistou o primeiro lugar na categoria Engenharia Eletrônica na edição 2019 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), um dos eventos mais importantes do gênero.

Maycon criou um detector de pressão que pode ser usado para diagnosticar e prevenir rompimentos em silos, barragens, pontes e viadutos. A pesquisa foi desenvolvida no Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto, em Cascavel (no Oeste do Estado), onde o jovem concluiu o curso técnico em Eletrônica junto com o Ensino Médio.

O projeto foi uma resposta à uma necessidade real verificada entre os produtores de grãos do Paraná. Depois de um estudo sobre o setor produtivo da região, Maycon e seus orientadores perceberam que muitos silos de armazenamento apresentavam sinais de rompimento devido à pressão das cargas e decidiram elaborar um mecanismo para prevenir possíveis rompimentos dos recipientes e evitar prejuízos aos produtores.

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“Pensamos nesse projeto como solução para um problema presente no cotidiano do agronegócio da nossa região, mas também na viabilidade econômica do produto”, disse Maycon. “Com ele, realizamos o monitoramento de estruturas metálicas verificando os limites da estrutura, determinando se está dentro dos limites normalizados a fim de determinar a vida útil da estrutura, comparando as tensões reais com os modelos de cálculo, fazendo desta maneira o monitoramento da estrutura, garantindo maior segurança, e economia para os produtores”, explicou.

PRATA DA CASA – Esse é o segundo projeto de iniciação científica que Maycon desenvolveu durante os quatro anos no Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto, além de participações em feiras de ciências e 11 premiações científicas. “Vale muito a pena ingressar no Ceep, ainda mais na área de ciência e tecnologia, porque os professores são dedicados, os laboratórios são de alta qualidade, com estrutura de ponta. Existe um incentivo e dedicação de todos para solucionar os problemas da atualidade por meio da ciência”, afirmou.

A escola técnica promove uma vez por ano a Exposição de Trabalhos de Pesquisa Escolar e de Iniciação Científica (Expoceep) e oficinas de iniciação científica. Além disso, são feitas periodicamente palestras relacionadas a diversas áreas de pesquisas.

Em 2018, o colégio criou o Núcleo de Pesquisa e Iniciação Científica do CEEP (Nupic) para divulgar as pesquisas científica e motivar os alunos. “A nossa missão é desmistificar que a educação profissional é só chão de fábrica. Pelo contrário, ela trabalha a inovação, desenvolve o hábito de estudo, dá visibilidade à instituição nas diferentes mídias, e pensa no conhecimento e na sua aplicabilidade para resolver problemas”, disse a diretora do CEEP, Sandra Regina de Andrade Tambani.

COMO FUNCIONA – Quatro protótipos do experimento já foram testados em silos. O detector possui um circuito eletrônico que mede os dados de quilograma-força e os envia para uma placa microcontroladora que faz o reconhecimento da força exercida sobre a estrutura. Esses dados são armazenados em um cartão de memória e podem ser analisados semanalmente ou mensalmente.

“Algumas estruturas apresentam características especiais, apresentando métodos de construção não convencionais, o que torna necessário o monitoramento durante a etapa construtiva”, diz o estudante. Segundo ele, com a utilização do detector de força, é possível verificar as cargas presentes na construção com as cargas previamente calculadas, aumentando a segurança e confiabilidade do processo.

Informações: AEN


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