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Polícia faz reconstituição do crime que vitimou jovem durante abordagem da GM

23/04/18 às 22:32 - Escrito por Murilo Pajolla
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Foi realizada na noite desta segunda-feira (23) a reconstituição do crime que vitimou o jovem Matheus Ferreira Evangelista de 18 anos. Ele foi baleado no pescoço durante a madrugada do dia 11 de março, quando estava em uma festa de aniversário na rua Aristides Vaz, no jardim Porto Seguro, zona norte de Londrina.

O principal suspeito de ter efetuado o disparo, o guarda municipal Michael de Souza Garcia, participou da reconstituição. Segundo o advogado dele, Cleverson Lopes, ele admitiu ter atirado para cima durante a abordagem, mas negou ter sido o autor do tiro que atingiu Matheus.

“Os depoimentos das testemunhas foram contraditórios. O Michael narrou os fatos com veracidade. Nós entendemos que pela posição que o Michael estava, pela dinâmica do projétil, seria impossível ele ter disparado a arma que vitimou”, afirmou Lopes.

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Também esteve na reconstituição o guarda municipal Fernando Neves, outro suspeito de participação no crime. Um terceiro agente da Guarda, Vitor Góes, afirmou à Polícia que ouviu Neves e Garcia assumirem a participação na morte do jovem.

“Da posição que ele estava, que era do lado esquerdo da viatura, era impossível que qualquer disparo tivesse chegado naquela angulação”, afirmou Mario Cesar Carvalho Pinto, advogado de Goés. Segundo ele, seu cliente não identificou de onde vieram os disparos.


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Os três guardas municipais estavam na viatura que foi a primeira a chegar ao local, com objetivo de averiguar uma denúncia de perturbação de sossego. Além deles, outras duas testemunhas que estavam na festa, uma maior e outra menor de idade, participaram da reconstituição. O portal TarobáNews apurou que elas mantiveram a versão dada no âmbito do inquérito policial e indicaram Garcia como sendo o autor dos tiros.

Segundo o delegado Ricardo Jorge da Delegacia de Homicídios de Londrina (DHL), alguns depoimentos foram convergentes, enquanto outros apresentaram contradições entre si. “Mas isso é normal. A reconstituição está sendo feito com base em depoimentos testemunhais, então óbvio que existe uma certa subjetividade”, afirmou.

O advogado da família da vítima, Mário Barbosa, disse que a realização da reconstituição contribuirá para que se faça justiça. “(A reconstituição) vai mostrar a versão de cada qual e ver a coerência dela frente à cena do crime”, avaliou.

A Delegacia de Homicídios tem 20 dias para encerrar o inquérito sobre o caso, que será entregue ao Ministério Público (MP). Já o Instituto de Criminalística tem 10 dias para concluir o laudo da reconstituição. O caso é tratado como homicídio qualificado, que pode gerar pena de prisão de 12 a 30 anos, caso o crime seja denunciado pelo MP e julgado pela Justiça.

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