A cena impressionou socorristas, peritos e autoridades policiais: uma mãe segurando nos braços a filha morta às margens da BR 369, na altura da vila Marízia. O corpo de Natália Larissa Fernandes, de 20 anos, foi encontrado na manhã desta segunda-feira (12). Ela morreu nos braços da mãe, Eliane Fernandes, durante a madrugada e apresentava sinais de agressão.
“Mas de qualquer forma ela (a mãe) contou desde o momento em que ela estava com a filha, a filha começou a passar mal e veio à óbito nos braços dela”, afirmou a perita criminal que analisou o corpo de Natália. Além da dor de perder a filha, a mãe fez um desabafo, já que várias pessoas se recusaram a prestar socorro.
"Parou um senhor de carro agora e eu pedi para ele. Falei ‘senhor, a menina tá morrendo, põe ela dentro do carro e leva no hospital’ e ele falou ‘não posso, eu vou trabalhar’. Falei ‘pois é, amanhã o senhor está sem emprego ou está sem vida’. Ele deixou de socorrer uma vida. Não foi só ele, foi um monte, me fecharam a porta. A menina está aí morta por causa desse país pobre que nós temos, esse país pobre de ser humano”, desabafou Eliane.
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Violência doméstica
Os detalhes da morte ainda são desconhecidos e não foram confirmados por nenhuma testemunha. Os exames mostraram que a vítima teve um trauma raquimedular por ação contundente em região cervical, ou seja, teve o pescoço quebrado. O corpo ainda tinha outras marcas de agressão, uma no tórax e outra na face, que parecia ser mais antiga.
Os policiais militares que atenderam a ocorrência verificaram que no nome da vítima havia dois boletins de ocorrência por lesão corporal e violência doméstica feitos contra um homem com quem a jovem teria um relacionamento.
Além dos exame preliminares, que esclareceram o trauma, a criminalística colheu materiais no local, que podem auxiliar na identificação do assassino.
Reportagem: Silvano Brito
Colaboração: Cid Ribeiro