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Investigação de lavagem de dinheiro motivou apreensão de Porsche em escritório de advocacia

04/07/18 às 16:03 - Escrito por Murilo Pajolla
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A Delegacia de Estelionatos de Londrina esclareceu o que motivou a apreensão policial de um Porsche Boxter em um escritório de advocacia na manhã desta quarta-feira (4). O suposto dono do veículo é alvo de um inquérito por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. 

A suspeita da polícia é que um dos sócios do escritório tenha falsificado o documento de venda do veículo para impedir que ele pudesse ser penhorado pela Justiça, conseguindo assim manter a posse do bem. 

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O risco de penhora vem de um ação judicial que questionou a contratação do escritório pela prefeitura de Nova América da Colina. Segundo o Ministério Público, a prestação de serviços no valor de mais de R$ 1 milhão foi irregular, já que o município já possuía procurador jurídico. Para garantir o ressarcimento do valor, a Justiça determinou o bloqueio dos bens do advogado, incluindo o veículo. 

Na avaliação do delegado Edgar Soriani, que conduz as investigações, o recibo da venda do Porsche, realizada em 2017, foi adulterado para simular que a transação se deu antes de a Justiça decretar a indisponibilidade dos bens do advogado. De acordo com as investigações, quem rasurou o documento mudou a data da venda do dia 17 de março para o dia 7. O bloqueio dos bens foi determinado pela Justiça no dia 16 de março. 

Com a cópia do recibo de venda em mãos, os investigadores detectaram adulteração na data da transação 

“O bem foi vendido por R$ 150 mil, mas na tabela Fipe está avaliado em mais de R$ 230 mil, então existe uma questão a ser apurada. Na rasura do documento houve uma simulação de venda para alterar a propriedade, ocultar o bem e impedir a apreensão“, afirmou Soriani. 

“O veículo estava no nome da empresa e foi vendido para o sócio da própria empresa, que teria revendido pelo mesmo valor para um morador de Porecatu“, completou o delegado, enumerando mais uma razão pela qual a transação levantou suspeitas. 

Agora o destino do carro está nas mãos da Justiça, que irá determinar se o bem ficará sob a guarda de um fiel depositário ou se irá a leilão. Uma motocicleta Harley-Davidson, apreendida junto como carro, não tem relação com as investigações. 

(Colaboração: Luciane Miyazaki)

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