Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Eduarda Shigematsu sofria maus tratos dos pais desde pequena, diz avó

03/05/19 às 16:52 - Escrito por Murilo Pajolla
siga o Tarobá News no Google News!

A defesa de Terezinha de Jesus Guinaia, avó de Eduarda Shigematsu, se pronunciou pela primeira primeira vez nesta sexta-feira (3). Os detalhes foram repassados pelo advogado da mulher, Mauro Valdevino.

Terezinha relatou que pediu a guarda da criança após o Conselho Tutelar descobrir que a menina sofria maus tratos quando tinha por volta de três anos.

Segundo a denúncia, os pais deixavam a criança trancada em casa, com uma chupeta presa na boca por um esparadrapo, para evitar que ela chorasse e alertasse os vizinhos. Na época, Eduarda morava com os pais, que eram os responsáveis legais.

Leia mais:

Imagem de destaque
CONFRONTO

Cinco homens são mortos em confronto com a Polícia Militar em Cascavel

Imagem de destaque
POLICIAL

Polícia Civil cumpre mandado de prisão por homicídio no bairro Santa Felicidade

Imagem de destaque
MAUÁ DA SERRA

PRF apreende quase 50 quilos de cocaína com casal no Paraná

Imagem de destaque
VIOLÊNCIA

Jovem é morto a tiros no meio da rua no Sanga Funda

Diante dos maus tratos, a justiça concedeu a guarda de Eduarda à avó, e as duas foram morar em uma chácara em Rolândia. Lá, Eduarda foi rodeada de mais episódios de violência. 

Na propriedade, moravam Eduarda, Terezinha e seu companheiro, que tinha desentendimentos frequentes com Ricardo Seidi, pai da menina. O motivo da discordância seria a insistência de Seidi em guardar carros no local. Na semana passada, a polícia encontrou na chácara dois veículos com alerta de furto e roubo, que seriam utilizados para desmanche e venda de peças. 

O companheiro de Terezinha foi morto brutalmente por espancamento. As circunstâncias do crime não foram reveladas. Após a morte, avó e neta foram morar em uma edícula nos fundos da casa de Ricardo em Rolândia, onde a menina foi supostamente assassinada. 

Avó queria transferir patrimônio para Eduarda  

Os conflitos entre Terezinha e Ricardo também eram motivados por questões financeiras. Na avaliação de Terezinha, seu filho estaria dilapidando o patrimônio deixado pelo pai dele à família. Por isso, a avó manifestou interesse em repassar parte dos seus bens para o nome da neta. Assim, o pai não poderia usufruir do patrimônio até que a menina completasse 18 anos. A morte de Eduardo, no entanto, impediu que isso acontecesse. 

O advogado Mauro Valdevino ressaltou que sua cliente não vê o conflito financeiro como motivação para que o pai tirasse a vida da filha. A Polícia Civil ainda não se manifestou em relação ao motivo. Segundo Valdevino, Terezinha - assim como os investigadores - acredita que foi Ricardo quem matou Eduarda, mas não sabe afirmar a razão para o possível homicídio. 

Valdevino afirmou esperar que a justiça decida pela soltura de Terezinha, que está detida desde quarta-feira (1) 3º Distrito Policial. Ele sustenta que sua cliente é inocente. "As câmeras já mostraram que ela não estava na residência no momento do crime". 

Ele também ressalta que a avó não sabia da morte da neta quando registrou o desaparecimento. "Terezinha passou o dia procurando Eduarda. A iniciativa de ir à polícia foi de Ricardo, que chamou a mãe para fazer o boletim de ocorrência", ressaltou. 

Notícias relacionadas

© Copyright 2023 Grupo Tarobá