O Hospital Universitário não poderá contratar empresas cujos profissionais tenham vínculo com a instituição. É o que diz o Tribunal de Contas do Paraná. O TCE detectou que até médicos que ganham gratificação de dedicação exclusiva à UEL estavam na lista.
O Tribunal de Contas do Estado já pediu a Universidade Estadual de Londrina que suspenda o pagamento de gratificação a um médico que recebia por tempo integral de dedicação exclusiva e também prestava serviços a empresas terceirizadas que atendiam Hospital Universitário. Segundo o levantamento, 23 médicos prestadores de serviços terceirizados também são servidores da UEL.
Metade deles atendia duas empresas contratadas. Há casos de médicos acumulando jornada de 60 horas e ainda prestando serviços para empresas terceirizadas pelo próprio HU. O TCE pediu que a UEL evite contratar empresas que utilizem médicos que tenham vínculo com a Universidade. O Hospital Universitário tem uma auditoria interna em curso e está fornecendo documentos para a polícia civil, que entrou no caso após a morte da servidora Lucélia Ferreira. Lucélia era secretária da diretoria clínica e criava registros de relógio ponto falsos para desviar recursos e beneficiar empresas de pessoas ligadas a ela.
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A servidora desapareceu no dia em que foi chamada para prestar esclarecimentos e foi encontrada morta 2 dias depois no Rio Paranapanema. Os desvios passam de R$ 1 milhão.
Reportagem: Lívia de Oliveira.