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“Irresponsável e amistosa” essa foi a declaração do presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, ao falar sobre postura e denúncias feitas por John Textor, dono da SAF do Botafogo, alegando casos de manipulação de resultados no futebol brasileiro para favorecer título do Campeonato Brasileiro de 2023 ao Palmeiras.
Segundo o norte-americano, acionista majoritário do Glorioso e de clubes como Lyon-FRA e Crystal Palace-ING, jogadores de clubes como São Paulo e Fortaleza estariam envolvidos em esquema para manipular e beneficiar Alviverde em conquista de 12º título do Brasileirão, disputado intensamente entre Palmeiras e próprio Botafogo.
O posicionamento de Romeu Toma Júnior foi cedido em entrevista exclusiva ao programa +3 pontos, transmitido nesta quinta-feira (4) no YouTube do Esporte na Band com apresentação de Vinicius Batista e comentários e reportagem de Pedro Ramiro e Gustavo Soler.
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“Recebi com muita tristeza (denúncia de John Textor). Entendo que os profissionais que dirigem equipes grandes do futebol brasileiro não podem agir como torcedores. temos que separar a figura do torcedor e do dirigente”, iniciou o cartola corinthiano.
"Acho de uma irresponsabilidade total o que ele fez até porquê não vi nenhuma prova (sobre acusações de manipulação em dois jogos envolvendo o Palmeiras no Campeonato Brasileiro). Ainda se tivesse, ele teria de entregar para as autoridades competentes e não me parecesse que é o que ele fez"
O dirigente corinthiano chegou a citar que declarou apoio aos presidentes do Conselho Deliberativo de Palmeiras (Alcyr Ramos da Silva Júnior) e São Paulo (Olten Ayres de Abreu Junior), após os clubes aparecerem entre as denúncias feitas pelo mandatário norte-americano botafoguense.
John Textor, dono da SAF do Botafogo chegou no Rio de Janeiro pela tarde desta última quarta-feira (3). Logo após o desembarque no aeroporto, Textor foi para Cidade da Polícia, para depor sobre as acusações de manipulação de resultados no Brasileirão.
Após ficar mais de 3h pretando depoimento, o dirigente foi até o Nilton Santos, onde o Botafogo foi derrotado por 3 a 1 pelo Junior Barranquilla, em confronto da Libertadores, para outra vez falar publicamente sobre as acusações levantadas:
“Estou tentando há muito tempo entregar provas para pessoas que se importam com isso. Eu mandei para o STJD, eles continuam falando que eu não entreguei provas. Eu entreguei há semanas provas completas de manipulação de resultados. Os nomes foram omitidos para proteger a identidade dos jogadores envolvidos"
"Eu me importo com a lei. Se alguém está envolvido num escândalo de manipulação, essa pessoa também tem direitos. Não consigo entender como o STJD, que tem processos não confidenciais, continua pedindo provas", declarou Textor.
Caso não apresente as provas para as denúncias levantadas, Textor pode ser banido do futebol. A afirmação é do procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Ronaldo Piacente, também ao programa +3 Pontos, do Esporte Na Band, desta quinta-feira (4).
O profissional deixou claro que o STJD pedirá à CBF e à Fifa a exclusão do cartola botafoguense do esporte se não conseguir confirmar as denúncias.
“Havendo a reincidência, e nós estamos atentos com isso, nós vamos também requerer na CBF a eliminação e também vamos fazer o pedido para ser estendido mundialmente através da Fifa. Se houver reincidência, nós vamos pedir a internacionalização da pena do John Textor e aí ele não poderia mais atuar como dirigente de futebol no mundo inteiro” - Ronaldo Piacente, procurador-geral do STJD.