A economista e advogada Elena Landau criticou neste domingo, 16, através de redes sociais a postura do governo do presidente Jair Bolsonaro no episódio que provocou o pedido de demissão de Joaquim Levy da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo ela, Levy jamais teria anunciado a admissão de um diretor sem que o nome tivesse passado pela aprovação do ministro da Economia, Paulo Guedes.
"BNDES não tem essa independência. Todos os diretores passam pelo crivo do ministro. Deveriam ter demitido logo Levy, mas esperaram essa historinha sem sentido para ter apoio da malta das redes", escreveu Elena Landau em seu perfil no Twitter.
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Elena foi diretora do BNDES durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Hoje ela presidente o movimento Livres, que defende o liberalismo econômico.
Em outra postagem, a economista sugeriu que Paulo Guedes estava insatisfeito com a devolução de recursos do BNDES ao Tesouro.
"Guedes prometeu zerar déficit e acabou precisando de crédito complementar. Tava de olho no pagamento dos empréstimos do BNDES. Não veio o que ele esperava. Fez maior arruaça com os míseros 6bi da Caixa. E vocês acham que foi Bolsonaro sozinho que tirou Levy?", escreveu Elena.
Segundo ela, independentemente de quem for contratado como substituto na liderança do banco de fomento, toda a diretoria deverá ser trocada, "para mostrar que não está nas mãos dos funcionários, como disseram sobre Levy".
"Não tem nenhum sentido Levy, que trabalhou no governo PT, ser demitido porque chamou um técnico que trabalhou no governo PT. Isso tudo foi desculpa e deram um jeito, Bolsonaro e Guedes juntos, de tirar o cara. Guedes toda hora reclamava do Levy. Tudo ensaiado", criticou ela.