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Tencati vai precisar de muitas estratégias... ou de reforços que façam a diferença

22/08/19 às 20:05 - Escrito por Júlio Sodré
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Deve ser complicado até mesmo para um ótimo enxadrista assumir um jogo no meio, com grande vantagem do adversário e, no tabuleiro, ver que já não tem mais um bispo, um cavalo, uma torre, uma rainha… Seria uma missão complicada até mesmo para Garry Kasparov, considerado por muitos o maior jogador de xadrez de todos os tempos. A estratégia tem que ser certeira e efetiva. Evito falar em milagre.


Claudio Tencati não é Kasparov e o tabuleiro de xadrez não é o Campeonato Brasileiro da Série B, mas o novo técnico do Londrina chega com a competição em andamento, a equipe alviceleste em queda brusca na classificação geral e um elenco contestado, desfeito de peças importantes que, após as saídas, deixaram lacunas.


Não estou dizendo que o Londrina precisa ter um elenco do nível da Libertadores. Se a qualidade técnica deficitária e a limitação financeira atingem até os clubes da Série A, imagem como isso impacta nos times da Série B.

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O problema é que depois das saídas do meia Luquinha, autor de quatro gols em 2019, do atacante Marcelinho, que fez três, e do lateral Felipe Vieira (esse ainda voltou recentemente por causa da esposa grávida), os contratados para suprir as ausências, e também para outras posições, não surtiram efeito.


O lateral Victor Luiz não agradou. O volante Neris e o atacante Léo Passos, emprestados pelo Palmeiras, até agora nem chegaram perto do sucesso alcançado por outros colegas emprestados das equipes de Série A em temporada passadas, como os laterais Ayrton e Léo Pelé, além do atacante Artur. O atacante Nathan tem entrado bem, mas até agora não balançou as redes adversárias. O volante Denner tem mostrado evolução, mas o colega de posição, França, foi até dispensado por deficiência técnica.


E quem já estava aqui? Não dá para colocar muita responsabilidade do acesso sobre jogadores como os zagueiros Silvio, Marcondes, Diogo Silva e Wallace Silva, os laterais Raí Ramos e Helder, os meiocampistas Pedro Cacho, Matheus Bianqui, Caculé, Higor Leite, Bertotto e Bruno Paulista (que demorou para entrar em forma e quando teve chance, decepcionou) e os atacantes Paulinho Moccelin, Uelber, Danilo, Luidy e Safira.


Alemão foi demitido mesmo depois de ter comandado o, entitulado pela própria diretoria, “time B” na campanha histórica da Copa do Brasil. O Tubarão avançou até a quarta fase e foi eliminando pelo Bahia. O elenco ganhou algumas peças e o reforço do experiente atacante Dagoberto, que neste ano não tem apresentado o brilho aplaudido pela torcida em 2018. Mesmo assim, foi desta maneira que o LEC chegou a ser líder da Série B e frequentou o G4 por mais de dez rodadas.


Agora é com Tencati. Não vai ser fácil. Ele vai precisar de estratégias eficazes para fazer este elenco voltar a render e terminar o ano com o sonhado acesso para a Série A. Para ajudar, a diretoria contratou o zagueiro Léo Rigo, semifinalista da Série D do Brasileiro com o Ituano (SP), e o atacante Junior Pirambu, campeão da mesma quarta divisão nacional, só que pelo Brusque (SC), e artilheiro da competição ao marcar 10 gols. No total, Pirambu marcou 16 gols na atual temporada. Há a possibilidade do retorno do zagueiro Lucas Costa também.


Em 2018, a diretoria resolveu o problema da lateral esquerda quando contratou Sávio, coincidentemente, campeão da Série D do Brasileiro. Se um ano depois a fórmula vai se repetir em outras posições a favor do Londrina só o tempo dirá. Do contrário, se prepare, Tencati! Vai ser preciso ter um bom estilo de jogador de xadrez para fazer o elenco render.


O otimismo existe. O histórico do Tencati nos permite sonhar. Título Paranaense de 2014, da Primeira Liga em 2017 e dois acessos nacionais consecutivos. Que o sonho se torne realidade no fim do ano. E se for com este elenco, méritos para o Tencati.



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