O bloco dos vereadores considerados oposicionistas ao governo municipal não conseguiu evitar a autorização para o prefeito Leonaldo Paranhos emprestar U$ 32 milhões do banco internacional Fonplata. Se a conversão fosse feita hoje, o montante iria a cerca de R$ 132 milhões, mais U$ 8 milhões dos recursos próprios como contrapartida, totalizando em torno de R$ 165 milhões.
A base se blindou e sinalizou um fechamento de ano em harmonia com o Executivo. As duas últimas sessões ordinárias acontecerão dias 16 e 17 na semana que vem. É possível ocorrerem extraordinárias, pois o recesso inicia dia 18. Estão previstos novos embates, porém nada ameaçando a aprovação de outro empréstimo a ser protocolado agora. Serão R$ 25 milhões destinados à obras na rede escolar, onde estudam mais de 30.000 alunos, e construção de Cmeis.
Existem 4.500 crianças cadastradas na fila de espera. Até aqui, a administração não conseguiu comprar vagas particulares, conforme anunciou no início da gestão. Paranhos tem pressa, pois os prazos estão ficando apertados por conta das restrições eleitorais em 2020. Segundo a mensagem encaminhada ao Legislativo, a grana do Fonplata bancará a revitalização da Avenida Carlos Gomes, pavimentação de trecho da Avenida Brasil, no Coqueiral, construção de binários e parques ambientais, entre outros investimentos. No segundo turno de votações, realizado na tarde desta terça (10), a oposição tentou novo adiamento e pedido de vistas, perdendo outra vez. Fernando Hallberg (PDT), foi um dos que pediu mais discussões antes de votar. O pedetista exibiu vídeo mostrando Paranhos fazendo críticas ao antecessor Edgar Bueno, porque, em 2013, o adversário contratou dólar do BID a R$ 2,25 e, hoje, o valor pago é superior a R$ 4,00. Com tantas despesas e uma crise econômica se agravando no país, o vereador acha que há risco futuro de inadimplência. O líder governista Rômulo Quintino (PSL), rebateu enfatizando que as obras estão sendo discutidas em bairros e no interior desde 2017. Tudo às claras, assegura. Na opinião dele, os votos contrários são fundamentados em motivos políticos, por conta da eleição do próximo ano e a virtual candidatura do prefeito em busca do segundo mandato. A polêmica continuará e, se nada der errado, Paranhos poderá liberar o dinheiro a partir de março.
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A FAVOR
Parra, Cabral, Valdecir, Josué, Carlinhos, Rômulo, Dalmolin, Misael, Olavo, Lino, Brugnerotto, Mazutti e Vasatta.
CONTRA
Hallberg, Nadir, Pedro Sampaio, Porto, Bocasanta, Madril e Serginho